jeudi, juin 14, 2012

 Todos os dias, durante o crepúsculo, ficava ali parada, sentada no parapeito da janela e mirava o céu, via-o a tomar uma cor gradiente entre o azul do dia e da noite. Observava os pássaros que voavam em direção do horizonte, até os perder de vista. Observava as flores, as árvores, as pessoas que passavam, observava o pormenor que o passar da luz fazia nas suas pernas ao perfurar a cortina de tecido antiquado, envelhecido pelo tempo. Sabia de cor todos os passos do Sol, era o seu fiel companheiro diariamente, só a abandonava à noite, para dar lugar à Lua, que a fazia sonhar. Aquilo já fazia parte da rotina, ela ficava ali horas, imóvel, até aparecerem todas as estrelas. Por cada objetivo que ela concluía, mais um ponto brilhante aparecia no céu, e ela sabia, ao olhar todas as noites para o imensa escuridão, que, a cada dia que passava, eram cada vez mais brilhante, e o que outrora era escuro como breu transformou-se em algo luminoso formado por pequenos sois, que iluminam a sua vida durante a noite. Todos os dias pensava em tudo aquilo que desejava e não conseguia ter e imaginava o lugar das estrelas e os traçados que estas iriam fazer no céu se conseguisse lutar por alguns dos seus objetivos. E era ali que dava por si perdida no meio dos seus pensamentos.

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