jeudi, novembre 17, 2011

 Caminhava sozinha na noite, sem destino, numa rua iluminada apenas pelo brilho da Lua. Vestia um casaco fino e um vestido claro. Os cabelos encaracolados voavam ao sabor do vento, estava frio, a neve caia, mas ela nada sentia, sentia-se como se estivesse morta, perdida num caminho que não era seu. Não pertencia àquela rua, não pertencia àquele sitio, mas também não queria regressar ao seu antigo trilho.
Fora excluída, só queria esquecer o passado e viver um futuro tranquilo na qual fosse aceite. Então, cansada de tanto andar à procura do lugar certo, do lugar perfeito onde se encaixasse, sentou-se num banco velho ao pé de uma grandiosa árvore, o ponto mais distante do seu passado, o limite entre o passado e o futuro. Sentiu o vento, sinal que estava viva, levantou-se, e passou a linha imaginária.

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''Utiliza palavras suaves e argumentos fortes''
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