Pegou na caneta já quase sem tinta e no seu minúsculo diário que a avó lhe oferecera no seu aniversário , depois de hesitar várias vezes, arranjou coragem, e com uma caligrafia minúscula e circular começou a rabiscar a folha meia amarelada, ao mesmo tempo que lágrimas salgadas oriundas dos seus olhos, vermelhos de tanto chorar caiam no papel, apagando as palavras mais doces e deixando inteiras as mais amargas. Mas ela não parou de escrever, sabia que no final iria sentir-se melhor. A avó sabia-o, não porque ela lhe contara, mas porque a compreendia mais do que ninguém e oferecer-lhe o diário foi prova disso. Ela necessitava de alguém para desabafar, alguém a quem pudesse contar tudo . As palavras foram brotando quase como por magia, redigiu tudo o que a atormentava. No final, a sua alma encontrava-se leve, leve como uma pena.
Adorei ! Muito bom !
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